segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Solidão

Solidão não é subjetiva. Ela é concreta, coisa que eu sinto na carne, que corta e sangra em silêncio. Solidão é coisa, coisa que toco, coisa que sinto, que posso mandar embora o quanto for que sempre volta. Solidão é encosto, não tem terço bento que impeça a chegada, não tem reza brava que a evite. Solidão queima tanto que começa com sol. Solidão é tão grande que o próprio nome é aumentativo. Há quem diga que senti-la é escolha. Mas você já tentou fugir dela?

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